Não Estou Lá e meu fascínio por Dylan

É o filme que eu já assisti duas vezes a última vez foi ontem. É uma cinebiografia ficcional, que mostra as diferentes fases da carreira de Bob Dylan, essas divididas em seis personagens. Mostra o seu lado poético, de defensor dos direitos civis, seu lado religioso após se converter ao cristianismo, seu lado pessoal de um homem de quer viver com uma família e outras definições a ele, embora o próprio Dylan diga que não tem nenhuma dessas atribuições. Tão genial, que pra mim não seria tão fácil falar mais detalhes, seria simplesmente assim a descrição ou minha própria sinopse disso.

Agora porque eu me interessei tanto pelo filme, tanto que o assisti duas vezes mais interessada ainda por retratar sua vida e suas músicas? Pra responder isso, acho que seria bom contar a história do meu gosto musical. Bem, eu sempre tive um gosto musical refinado desde os 8, 9 anos ou então desde quando meu pai colocava uma fita cassete dos Carpenters, quando era bebê, mesmo preferindo a Xuxa até os 8, idade em que minha mãe pegou emprestado de uma colega de trabalho parece um DVD com músicas dos anos 80, 90 e afins, e eu achava gostoso, animado e até legal os sons das músicas, pra mim foi a primeira vez que conheci um pouco de música internacional de qualidade. Depois aos 9 passei a ouvir Michael Jackson, somente ele, depois de anunciar a morte dele, assim eu era bem diferente das outras meninas, quanto a gosto musical, que ouviam e ouvem Lady Gaga, One Direction, Justin Bieber e pra falar a verdade eu ainda sou. Eu me interessei um pouco mais nele por causa de algumas de suas músicas que diziam para cuidar do planeta, não distinguir os outros pela sua cor de pele, crenças, etc., cuidar das crianças pois elas são o futuro, e também pelo seu trabalho filantrópico. Foi a primeira vez que conheci palavras como filantropia, pedofilia, rinoplastia, etc. através do que eu fui lendo sobre sua vida. Como era criança, eu era fanática mesmo, tanto que uma frase na internet que era contra ele, eu pensava tipo assim, "mexeu com Michael mexeu comigo", e também apesar dessa admiração eu achava um pouco sensuais algumas danças dele como a mão na virilha, por exemplo, mas depois que ganhei um jogo de dança para Wii só com músicas dele, eu perdi essa vergonha, mesmo se não tive nenhuma oportunidade para dançar assim em alguma festa (risos). Somente anos depois que eu fui ficando eclética, não ouvia só MJ, passei a ouvir Beatles e ainda ter como membros favoritos a dupla Lennon/McCartney, Adele, Paula Fernandes, de exemplo da minha mãe (elas são atuais e com isso vi que felizmente nem tudo da música atual é ruim, e mais tarde, ou seja, de uma semanas pra cá eu descobri mais um que é tanto antigo como atual e que ainda é um grande gênio). Eu sou ainda amante de música erudita, quando menor eu ouvia principalmente Mozart e Chopin, bem eu até hoje ouço.

Agora sim eu conto o que meu gosto musical refinado tem de novo, Bob Dylan! Em relação a Michael Jackson, seu jeito de compor é mais maduro, claro, apesar de ambos terem criado algumas "músicas de protesto" e eu amadureci para entender a genialidade das suas músicas, ah, mas antes nem o conhecia direito, só ouvi falar pela música We are the World do qual os dois e mais outros 40 artistas cantaram para combater a fome na África e pelo videoclipe de Jokerman que eu vi parece que pela MTV, por acaso. Mesmo com a voz rouca, que na verdade não é tanto assim, pelo menos pra mim que me acostumei muito, violão e gaita (ah, gaita... Depois que fui por conta própria experimentar Dylan, eu o considerei o primeiro gaitista profissional que passei a admirar, Richard Carpenter, dos Carpenters, que eu também adoro, também tocava mas não se destacava tanto quanto Karen na voz e as vezes na bateria, que é a cereja no bolo no grupo, mas ouvir Bob Dylan e os solos de gaita das músicas pra mim é como ouvir as músicas internacionais em versão instrumental com flautas de pã que eu ouvia também quando pequena). Além da instrumentação, também adoro as suas letras, algumas fazendo críticas a sociedade, como a famosíssima Blowin' in the Wind e Ballad of a Thin Man(essa é genial mesmo, além de dizer que a vida se explica por si mesma e as pessoas deveriam parar de questionarem sobre si e simplesmente refletir o que acontece com ela e ao redor dela, as notas de piano pesadas deixa a música gostosa de ouvir).Foi e é influência de centenas de bandas e artistas, como os Beatles, Renato Russo, etc. Depois que ouve e se fascina com todas as suas músicas mesmo se não dá para ilustrar todas as suas composições, você entra num mundo difícil de sair e foi o que aconteceu comigo. O cara ainda pinta quadros de aquarela e guache que formam a série Drawn Blank, provavelmente quando não tem como se expressar compondo músicas, veja aí alguns(logo que eu vi, achei o jeito de pintar parecido com Van Gogh, provavelmente deve ter se inspirado um pouco nele para pintar daquele jeito).